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Aqui deixamos o que nos vai na alma, o que gostámos, o que odiámos, os livros que mudaram a nossa vida...

Odiei

Detesto o Crepúsculo, não gosto de vampiros e de histórias de amor. Também não gostei do filme

anónimo




Gostei

Uma das coisas que mais gosto de fazer quando vou à procura de um livro é descobrir poetas ou romancistas de que nunca ninguém tenha ouvido falar, ou que então se considerem esquecidos. Lembro-me de um dia ter encontrado um pequeno livro de poemas intitulado “Filmes Coloridos”, num fundo de uma livraria/armazém da cidade Porto. Aquele livro parecia-me abandonado, sem leitores, olvidado. Como na altura me parecia barato – cinquenta escudos – fui oferecendo a todos os meus amigos que encontrava na rua. Esse livro do poeta João Camilo serviu também para uma noite de poesia no jardim de uma república coimbrã, enquanto estudante, e ainda hoje me acompanha. Há dias fui à procura de poemas de uma amiga conhecida que me tinha sussurrado em surdina que tinha publicado dois poemas numa colectânea de poesia. Agora este livro anda sempre comigo, tornou-se portátil e por isso gosto de citar estes seus versos: “Aqui na ilha o tempo move-se/como um cachalote ferido/Enquanto as chuvas de/dezembro alagam os dias/as fotografias do gavetão/molham a noite por dentro/E ela sabe: a ilha é uma tumba/onde os mortos estão vivos.” 
O livro intitula-se Anuário de Poesia de autores não publicados 2015 e a poetisa é a picarota Gina Ávila MacedoBoas leituras.
Fernando Nunes

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